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Ouvir música pode ajudar no alívio das dores dos doentes com cancro


Os doentes disseram que a música ajudou ao seu bem-estar físico e psicológico porque os distanciou dos pensamentos negativos sobre a doença.

Reuters

Ouvir música em casa pode reduzir a dor e a fadiga dos doentes de cancro e aliviar sintomas como a perda de apetite e dificuldade de concentração, avança um estudo feito em Taiwan.


Neste, doentes com cancro da mama ouviram meia-hora de música, cinco vezes por semana, e tiveram uma “notável” redução dos efeitos colaterais do das dores ao longo de 24 semanas, avançam os investigadorea ao European Journal of Cancer Care.

Os doentes disseram que a música ajudou ao seu bem-estar físico e psicológico porque os distanciou dos pensamentos negativos sobre a doença. “A musicoterapia é conveniente, não envolve procedimentos invasivos e pode ser facilmente usada pelas pessoas no conforto das suas casas”, declara o autor do estudo, Kuei-Ru Chou, da Taipei Medical University


Além disso, “intervenções musicais em casa também podem ser usadas sem custo”, acrescentou o autor à Reuters por e-mail. “Actualmente, os serviços de saúde tornaram-se muito caros”, acrescentou.



Os investigadores reuniram 60 doentes com cancro da mama e dividiram-nos aleatoriamente – metade num grupo que ouvia música em casa num MP3 fornecido pela equipa com uma selecção de música que poderiam escolher (clássica, popular e religiosa); e a outra metade também recebeu o mesmo aparelho e as mesmas instruções, no entanto, o som consistia principalmente em sons ambientes. O estudo concluiu que esta última opção faz pouco para reduzir a dor ou os sintomas.


Ouvir música ajuda a produzir endorfinas, dopamina e serotonina no cérebro, essas substâncias químicas podem despertar alegria e emoções positivas que distraem os doentes das emoções negativas, especulam os autores do estudo. Por isso, com base nos resultados, os investigadores querem perceber por que razão e como é que a musicoterapia reduz os sintomas de dor. Contudo alertam que a musicoterapia pode não aliviar a fadiga física e mental a longo prazo.


A música também pode afectar as funções dos sistemas cardiovascular, respiratório, muscular, esquelético, nervoso e metabólico, aliviando a tensão e a dor musculares. Segundo Tereza Alcantara-Silva, da Universidade Federal de Goiás, no Brasil, que não esteve envolvida neste estudo, do ponto de vista neurofisiológico, as emoções evocadas pela música podem modular a actividade em diversas áreas do cérebro.


“A música desempenha um papel importante na auto-regulação de contextos emocionais”, explica a investigadora. “A musicoterapia pode trazer vários benefícios aos doentes com cancro, ajudando-os a encontrar maneiras de lidar com o stress, o medo e a solidão”, termina.


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