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Estudo mostra impacto da meditação na redução do risco de Alzheimer


Relação pode estar relacionada à consciência dos pensamentos, sentimentos e do ambiente ao redor

Por Redação

A prática da atenção plena tem como objetivo estimular as pessoas a fazerem uma pausa durante o dia para que possam esvaziar a mente e não pensar em nada além do momento presente. (Thinkstock/VEJA/VEJA)

A técnica da atenção plena – ou mindfulness – já se tornou uma das formas de meditação mais populares dos últimos tempos. Isso porque, além de ser uma maneira simples de trabalhar o foco e a concentração, o método tem sido cada vez mais associado à melhora do bem estar mental e físico. Agora, novo estudo indica que a atenção plena pode trazer outros benefícios para o praticante: a redução do risco de demência

A pesquisa, publicada no periódico Journal of Alzheimer’s Disease, indica que essa modalidade meditativa pode prevenir o risco de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas em pessoas que apresentam comprometimento cognitivo leve (CCL), condição neurológica caracterizada pelo declínio em diversas funções cognitivas, como memória e pensamento. Especialistas indicam que 15% dos doentes diagnosticados com CCL desenvolvem demência, o que torna a condição um fator de risco para doenças neurodegenerativas.

“Nosso estudo mostrou evidências promissoras de que os adultos com comprometimento cognitivo leve podem aprender a praticar a atenção plena e, ao fazer isso, aumentar sua reserva cognitiva”, explicou Rebecca Erwin Wells, principal autora do estudo, ao Daily Mail

O poder da meditação

Para chegar a esta conclusão, os cientistas acompanharam 14 participantes entre 50 e 90 anos diagnosticados com comprometimento cognitivo leve. Os voluntários foram divididos em dois grupos: o de intervenção participou de um curso de oito semanas em que foram ensinadas técnicas de atenção plena e ioga; já o grupo de controle, não fez nada.

Ao final do acompanhamento, a equipe entrevistou os participantes para verificar habilidades cognitivas. Os resultados mostraram que os praticantes de meditação apresentaram melhora no bem-estar e relaxamento, além de terem sido capazes de diminuir o stress, melhorar habilidades interpessoais e desenvolver a cognição.  


“Embora o conceito de mindfulness seja simples, a prática em si requer processos cognitivos complexos, disciplina e comprometimento. A maioria dos participantes conseguiu aprender os princípios-chave da atenção plena, demonstrando que o comprometimento da memória provocado pelo CCL não impede o aprendizado de tais habilidades”, comentou Rebecca.  

De acordo com a pesquisadora, enquanto não houver opções de tratamento capazes de impedir a progressão do Alzheimer, a meditação pode ajudar os pacientes com comprometimento cognitivo leve a evitar o risco de desenvolver a doença. No entanto, a equipe ressalta que o estudo foi pequeno e mais análises serão necessárias para entender melhor a relação entre a atenção plena e a redução do risco de Alzheimer.

O que é Atenção Plena?

A prática da atenção plena tem como objetivo estimular as pessoas a fazerem uma pausa durante o dia para que possam esvaziar a mente e não pensar em nada além do momento presente. Segundo o site Mind, a técnica busca encorajar o indivíduo a prestar mais atenção ao que está acontecendo no momento presente (corpo, mente e entorno). Assim é possível captar qualquer pensamento que entre ou saia da mente, o que ajuda na compreensão de si e das próprias emoções.

De acordo com especialistas, a atenção plena pode gerar impacto positivo no bem-estar geral uma vez que ajuda a tornar as pessoas mais conscientes dos pensamentos, sentimentos e do ambiente ao redor. Além disso, diversos estudos comprovaram que praticar mindfulness pode melhorar diversos aspectos da nossa vida, inclusive melhorar a relação com a comida, aliviar o vício em celulares, aumentar a confiança do corpo e beneficiar até mesmo a vida sexual.


Demência e Alzheimer

De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), a demência é uma maneira de denominar uma série de doenças neurodegenerativas que causam prejuízos cognitivos e incluem sintomas como: alterações de memória, problemas de linguagem, desorientação em relação ao tempo e espaço, dificuldade de raciocínio, concentração e aprendizado, além de mudanças comportamentais ou de personalidade.

Entre as doenças que caracterizam a demência estão: Alzheimer, Parkinson, demência vascular, demência com corpos de Lewy e demência frontotemporal. Além disso, recentemente pesquisadores descobriram a doença de Late, uma forma de demência que pode ser ainda mais comum que o Alzheimer.

Estima-se que 44 milhões de pessoas sofram de demência no mundo – mais de um milhão delas está no Brasil, de acordo com a Alzheimer’s Association. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre as doenças dentro do espectro da demência, o Alzheimer é responsável por 60% a 70% dos casos.

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